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Superdash no Pipeline Valor

  • Foto do escritor: Marcelo Loureiro
    Marcelo Loureiro
  • há 4 dias
  • 3 min de leitura

Ele trocou a pressa dos patinetes pela saúde mental sem sair do WhatsApp

Fundador de Ride Mobility e Dolado, Marcelo Loureiro estreia a Superdash


Depois da Grow – empresa de patinetes que declarou falência em 2021 – e da fintech Dolado, o empresário de tecnologia Marcelo Loureiro aposta agora em um negócio mais focado em desacelerar. Aos 58, ele está lançando a Superdash, um diário digital de saúde no WhatsApp.


O bot de IA envia uma série de perguntas que devem ser respondidas com 0 a 10 pelo usuário no próprio WhatsApp, como a qualidade do sono na noite anterior, quantidade de refeições e estado das emoções. Como resultado, a plataforma vai desenvolvendo relatórios e oferecendo insights sobre a rotina do usuário.


É um trabalho similar ao que fazem aplicativos como o Calm, com o diferencial de estar integrado ao app favorito do brasileiro. “O objetivo do Superdash é gerar valor para o usuário, que vai formar disciplina e autoconsciência sobre sua rotina”, explica Loureiro.


A Superdash, desenvolvida desde 2023 em modo discreto, nasceu com tese e produto prontos, mas sem pressa de escalar a empresa, que tem hoje 10 funcionários e cerca de 350 usuários. “Não preciso acelerar. Se a empresa for muito rápida, vai cometer erros”, explica ele. “Não vou deixar a pressa comprometer a nossa entrega.”




Marcelo Loureiro, fundador do Superdash
Marcelo Loureiro, fundador do Superdash


Loureiro foi o responsável por dar escala à a operação de patinetes elétricas no Brasil, um dos maiores fracassos em tecnologia e venture capital do país. Por meio da Ride Mobility, vendida para a mexicana Grin em 2018, competiu com a Yellow, que depois se fundiu com a rival mexicana para formar a Grow, onde o empresário foi CEO até abril de 2019. As ruas esvaziadas do dia para a noite pela pandemia foram a pá de cal para um mercado pouco regulado na época e com problemas de gestão.


O desejo de criar marcas para o grande consumidor sobreviveu. “É o que gosto de fazer por natureza”, diz, reforçando que achava entediante ocupar cargos em conselhos de empresas. Em 2022, vendeu a participação na Dolado (negócio B2B para pequenos comércios) e decidiu voltar a empreender.


A Superdash é 100% B2C, no momento, mas, para ganhar tração, espera se tornar uma ferramenta útil para médicos, hospitais e clínicas acompanharem os pacientes e complementar o diagnóstico por meio de dados da rotina. No futuro, prevê usar dados gerados por dispositivos vestíveis (como relógios e pulseiras inteligentes) para integrá-los à plataforma da empresa.


Outro objetivo de longo prazo é entrar no mercado americano, sendo o baixo uso do WhatsApp no país de nascença seu maior desafio. “Eu acredito muito numa solução de tecnologia do Brasil que pode ser exportada para os EUA”, diz o empresário que já teve negócios, investimentos e cadeiras em conselho de empresas do país.


Atualmente, a Superdash não busca investidor externo, outro aprendizado de Loureiro a partir de seus negócios passados (“super desgastante”, diz). A empresa se lança com capital próprio do empresário, que tentar manter os custos baixos para deixar a operação rodando.


“O mercado está ruim, está ressabiado com os negócios dos últimos anos. E não tenho essa necessidade”, afirma. “Se for levantar capital, quero estar estabelecido e ter outro tipo de negociação, evitando diluição e mantendo o controle.”















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